Na rede municipal de saúde de São Paulo, a Biodança tem se destacado como uma prática terapêutica que une movimento, escuta e acolhimento. Disponível gratuitamente em quatro unidades da cidade, ela integra as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), promovendo benefícios como melhora do sono, redução do estresse e fortalecimento da saúde mental. Cada sessão, chamada de “vivência”, convida os participantes a dançarem em grupo ao som de músicas cuidadosamente selecionadas, com momentos de silêncio e integração emocional.
Criada nos anos 1960 pelo psicólogo chileno Rolando Toro Araneda, a Biodança não exige diagnóstico médico nem experiência prévia com dança, sendo acessível a todos. Em locais como a AMA/UBS Jardim Três Marias, a atividade tem ajudado moradores, como a aposentada Neila Silva, a lidar com perdas e cultivar novas amizades. A metodologia propõe uma reconexão profunda com o corpo e estimula aspectos como afetividade, criatividade, sexualidade e transcendência — revelando o potencial da dança como ferramenta de cuidado integral.