O secretário de Finanças de Diadema, José Luiz Gavinelli, revelou em entrevista ao "programa ABC em OFF" no Youtube os desafios financeiros enfrentados pelo município e as medidas adotadas para reorganizar as contas. Segundo ele, a administração foi surpreendida por um débito junto à União que ultrapassa 900 milhões de reais, além de outras pendências fiscais que não haviam sido mencionadas na transição de governo.  

"A cada dia observamos que vão surgindo problemas, pendências e surpresas. Estamos aqui para encarar esse desafio e trazer soluções reais para o município", declarou Gavinelli durante a entrevista.  

Entre as dificuldades encontradas, ele destacou o impacto das ações trabalhistas e os custos elevados com aluguéis de prédios municipais. O governo já iniciou medidas para reduzir esses gastos, realocando setores e revisando contratos. Além disso, ele ressaltou a importância de enfrentar a inadimplência fiscal. "Desde 2022, o município não tinha uma política forte de inscrição de dívida ativa. Encontramos mais de 2,5 bilhões em impostos não cobrados", afirmou.  

Gavinelli também abordou a situação crítica do Instituto de Previdência de Diadema (IPrede), que chegou a zerar seu caixa, obrigando a prefeitura a complementar a folha dos aposentados. "O município está aportando cerca de 15 milhões de reais mensalmente para garantir os pagamentos. Essa é uma prioridade da gestão", explicou.  

Apesar das dificuldades, o secretário demonstrou confiança na recuperação fiscal da cidade. Segundo ele, o foco da gestão é reduzir custeios e melhorar a arrecadação sem aumento de impostos. "Nosso objetivo é combater a sonegação fiscal e a inadimplência, garantindo que os recursos sejam bem administrados e aplicados de forma eficiente", concluiu.